domingo, 6 de novembro de 2011

Oposto.


Simplesmente conhecemos uma pessoa totalmente diferente, uma pessoa que você jamais se apaixonaria, uma pessoa que é o seu oposto, que é muito mais velha que você ou muito mais nova, mas do nada você esta lá em transe completamente envolvida, sem saída. Aquela pessoa que é impossível passa ser uma dificuldade a ser enfrentada a todo custo, só pra conseguir ter-la perto de você. Essa pessoa mora longe, tem defeitos, vícios e costumes fora do seu cotidiano, mas você continua quebrando a cabeça para ver como vai conseguir se deslocar e conseguir ir até lá, enfrentando até lugares que você nem imaginava ir um dia. Pega um ônibus, compra um carro, viaja quilômetros, mal sabe o que fazer, mas sabe que quer ver aquela pessoa.
E ele era o oposto: Eu gostava de livros, ele de computadores. Eu era católica, ele ateu. (O que nunca nos atrapalhou afinal eu sempre respeitei isso nele e vice-versa) Eu gostava de músicas calmas, ele de músicas que mal podia entender. Eu chorava em filmes românticos, ele ria. Ele era ciumento, eu não. Eu não sabia pedir desculpa, ele só sabia pedir desculpa. Ele não era tímido, eu era tímida. Ele gostava de comida japonesa, eu já preferia churrasco. Eu fugia dele, ele era persistente. Ele vestia camiseta de banda, sem cor ou com alguma sátira, eu vestia meu casaco de crochê e roupas com cor. Ele amava filme de terror, eu odiava. Ele sempre estava em reuniões de trabalho, eu não gostava dessas reuniões. Ele trabalhava em um escritório, eu odiava esse escritório. Ele falava em várias línguas, eu não entendia quase nada. Ele dizia coisas bonitas, eu perdia as palavras quando o via. E outras diferenças que eu passaria horas escrevendo. Mas tudo parecia uma caixa de surpresas explodindo a cada dia, foi abrindo uma distância sentimental incomparável. Chegou a um ponto que tive certeza que estava acabando nosso relacionamento. Eu sempre evitei “paixonites”, mas você foi aquela “paixonite” que evitei muito, lutando com tudo para fazê-lo desistir da bobagem de me conquistar, afinal as diferenças eram tantas e eu sou um tanto quanto complexa. Até o fato de ele ter namorado mulheres mais velhas que eu, me incomodava no começo e num estante se tornou algo concreto, algo inesperado,apaixonante e até mesmo me arriscaria dizer irresistível. Mas chegou ao fim e no ponto de me fazer vestir a armadura e não soltar uma sequer lágrima naquela conversa que tivemos. Eu estava sendo estressada de novo... Não me arrependo, mesmo com as diferenças... Mal sei que rumo esse texto levou, lembrei do filme “Brilho eterno de uma mente sem lembranças” agora
, não foi o melhor filme que assisti, 
mas retrata verdadeiramente a vontade que tenho de esquecer e lembrar algumas lembranças ao mesmo tempo.
Sonhei com você, não hoje, não ontem, nem mesmo há meses atrás, sonhei com você pela ultima vez há tanto tempo que ainda me pego acordando e procurando o beijo, o cheiro que não seja seu, o que é estranho, bastante na verdade. Eu espero o beijo e o cheiro que me faça tirar de novo a armadura que eu prometi que nunca mais iria tirar. Ah, meu medo de sentir, de me aproximar, de gostar de uma pessoa, de esquecer que tenho um pouco de razão ainda. Talvez seja isso, um novo beijo, um novo corpo, um novo cheiro, que me faça esquecer-se de ser fria, calculista, dependente da sensatez. Talvez, um novo coração com os mesmos medos para que eu possa sentir menos perdida no meio de tanta gente capaz de sentir sem ter medo. Talvez.

[Ouvindo: Hanson - Save me]
Pequenina não mexa mais no blog da tia. Ou mexa e faça aquela carinha que eu adoro. Parabéns minha pequenina, depois de ter visto você nascer, te fazer dormir nos meus braços, agora eu vejo a minha pequenina crescendo. Agora com 6 anos e parando de me chamar de tia, mas você ainda vai ser a pequenina da tia. E a minha mais nova linda da tia que nasceu (01/11/2011) e já dormiu em meus braços, que eu ando babando em cima e querendo morder e apertar, bem-vinda minha pequena. Agora são duas menininhas perguntando: "Ô tia, tem bala?" "Ô tia, tem namorado?" e o famoso e constrangedor: "Ô tia, como faz pra vim
 bebê?" e respondendo ridiculamente só para pensarem que ainda é engolindo uma semente de melancia. E eu que não gostava de criança, olha só...

2 comentários:

  1. Acho incrível como compartilhamos diversos pensamentos, diversas noções do que é a vida e fico realmente surpreso principalmente pela sua idade.
    Assim que vi esse post, li antes de se tornar mais uma ilusão em minha mente, fiquei extremamente curioso com os dois que perdi. rs rs rs
    Beijão

    ResponderExcluir
  2. Eu achei surreal a cada pensamentos e conceitos que eu vim descobrindo durante seus textos se parecerem tanto com os meus. Não fique curioso, não eram nada interessantes. rs rs

    ResponderExcluir