quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Pensamentos desconexos.

Pessoa: Juliana, você é muito chata quando o assunto é amor...
Eu: Concordo, mas o amor de vez em quando é chato também.
Pessoa: Sabe qual é o seu problema?
Eu: Não...
Pessoa: Você tem mania de ter uma fidelidade muito grande, mesmo depois de ter terminado tudo. Já faz um ano e alguns meses e você ainda com essa fidelidade, sem necessidade. Ser fiel depois de um relacionamento é um tanto quanto estranho e mais estranho é não ter saído com ninguém, nem conhecido ninguém durante esse tempo.
Eu: Lógico que sim, fui em todos os encontros de amigos e todas as festas. E olha, que eu não sou de ir para essas festas.
Pessoa: Para de irônia... Você sabe do que eu estou falando. Essa sua fidelidade é estranha e irritante.
Eu: A fidelidade não envolve só a pessoa.
Pessoa: Como assim?
Eu: A fidelidade envolve o coração e algumas vezes a fidelidade se torna um tempo para se adaptar ao um novo amor ou para o futuro amor distante. Ou assim como eu, só mais uma desculpa para ocupar a mente com outras coisas e me esquecer dessa coisa toda que é amar. E eu sei, o destino vai me dar uma rasteira e me fazer ficar apaixonada qualquer hora dessas, você não precisa dizer isso.
Pessoa: Talvez...
Eu: É...

Estou completamente perdida, realmente não tenho motivos lógicos para explicar o que anda em minha mente, coração, sei lá, durante esses últimos meses, últimos dias. Algumas coisas andam mexendo comigo mais que o comum. Minha mente está em uma tempestade de pensamentos desconexos. Ando tendo alguns sentimentos que jamais pensaria em ter novamente e o mais louco de tudo isso é que anda tirando o meu foco. Não consigo sequer escrever sem acabar saindo de um assunto para outro e isso anda me estressando.
Nem mesmo os motivos para ainda ter “fidelidade” são lógicos, nem sequer tenho argumentos para não ter saído ou conhecido alguém, essas coisas malucas que andam acontecendo dentro da minha mente, me faz pensar que a vida ainda pode descongelar o pedaço do coração que estava congelado durante esse ano e alguns meses. Talvez eu esteja maluca mesmo, talvez seja falta de ter alguém, mas isso entra em confronto com tudo que acredito. Na realidade, estou “rezando” para isso ser pensamentos idiotas ou aquele tipo de carência que tento bloquear durante esse tempo. Me deslocar, tirar meus pés do chão, ficar pensando nessas coisas malucas que pensei que jamais voltaria a pensar ou sentir não me agrada, mais é tão interessante que acho que não poderia bloquear. Acho...
Tenho medo do que isso pode fazer com minha racionalidade. Estou em um abismo, do pensar e sentir. Talvez descongelar meu coração agora seja uma péssima escolha, mas até que é interessante pensar assim nesses últimos dias. Tomara que isso não passe de mais uma loucura, loucura que se continuar será capaz de descongelar totalmente meu coração. E eu sei que usar meu coração para um suposto “amor”, eu não sei se devo chamar assim, mas não encontro outra palavra que faça mais sentido, depois desse tempo todo, não seria fácil. Seria como se eu voltasse no tempo apara aprender a andar. Perdi o foco do texto, eu realmente estou louca ou só preciso de café. De muito café. Na realidade, eu preciso de mais horas para dormir, afinal ficar acordando de madrugada e não conseguir dormir, já me parece loucura.

[Ouvindo: The Platters - Only you.]

2 comentários:

  1. Sinceramente, acho muito válido se resguardar de sentir possíveis "emoções" durante um bom tempo após o término de um relacionamento. Claro, isso se fora um relacionamento onde existiam sentimentos muito fortes e verdadeiros. Eu mesmo, fiquei pelo menos 4 anos sem ninguém após terminar com minha primeira namorada, foi uma das paixões/amores que mais foram fortes em minha vida. Cheguei a cogitar realmente a hipótese de que amamos apenas uma vez na vida.

    Fugia de todas as situações onde poderia conhecer pessoas novas e interessantes, porque sabia que na época me "apaixonaria" facilmente por outra, na realidade, criaria aquela ilusão para fugir da dor como muitos fazem.

    Hoje em dia, vejo diversas "menininhas" que não conseguem ficar sozinhas. Dizem que estão amando uma pessoa, com menos de um, dois ou três meses; o relacionamento termina e depois de uns dois meses já dizem estar apaixonadas/amando outra pessoa. Sinceramente, isso para mim, é algum distúrbio mental, uma carência enorme e um certo medo de ficar sozinho no mundo. "Escolher" uma paixão/amor, é algo muito complexo e que deveria ser levado à sério.

    Mas, resumindo, dê-se o tempo que achar necessário, continue com essa sua forma centrada e sensata. Ouça seus amigos(as), trate-os bem quando tocarem nesse assunto, mas sinta-se livre para abrir novamente seu coração apenas quando sentir que chegou a hora.

    Beijão

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  2. Medo de ficar sozinha... Nunca tive, acho que depois de um relacionamento as pessoas devem dar um tempo para si, respirar, desocupar a mente e o coração. Quando se emenda os relacionamentos uns aos outros, a pessoa acaba comparando o antigo com o atual, "jogando na cara" o que o outro tinha que o atual não tem.
    Acho que não amamos apenas uma pessoa na vida, amamos o conjunto de experiências, até chegar ao ponto que uma pessoa irá completar todas as experiências, prazeres já vividos.

    Eu fujo das situações, mas não porque ainda não superei afinal eu não sinto mais o que sentia há alguns longos meses atrás, eu não me "apaixono" muito rápido, muito pelo contrario, quanto mais carência que eu sentir, menos irei me aproximar de alguém. Eu tomei a decisão de ficar só, porque eu não vou ficar procurando, batendo cabeça até encontrar alguém que realmente combine comigo. Acho que se apaixonar por "opostos" não é o que eu pretendo agora. Talvez também seja um, de vários fatores que me levou a tomar essa decisão, por enquanto.

    As "menininhas" ainda não amadureceram o suficiente para dar um tempo para si, para respirar, para se concentrar em outras coisas, "elas" só pensam em "curtir", "namorar" e elas acabam sofrendo decepções rápidas, por namorar "menininhos" que também não estão amadurecidos o suficiente.

    O tempo que se encarregue, quando for, vai ser. Algumas vezes, parar de ficar dando "chances" para qualquer pessoa que queria se aproximar e começar a dar chances para si, seja a melhor maneira de ter um bom relacionamento sem vestígio e comparações de relacionamentos passados.

    Pensar assim parece loucura, não é? rs rs

    Beijos.

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