sábado, 21 de janeiro de 2012

174 dias de amor.

Eu ando ausente, quase não sento na frente do computador, fico em silêncio olhando o papel e a caderneta. Talvez eu esteja mais focada em me descobrir novamente, botar em ordem meus pensamentos e de me apaixonar pela pequenina. Que cada vez fica mais linda, que cultiva aqueles olhinhos meio puxados e que de repente se abrem e ela da um sorriso que enche meu coração e que é capaz de me derreter em segundos, ou melhor, milésimos. O jeito que ela se aconchega no peito, ameaça chorar, me faz cantar “Love me tender”, dorme como um anjinho e dorme tanto que é um pecado reclamar do jeitinho que ela tem de deixar aquela “babinha” na minha blusa preferida. Eu olho para ela e nada mais importa, por mim passaria a vida aconchegando em meus braços.
É estranho ter esse amor inigualável por ela, é estranho transformar todo esse amor nessa minha fé. Mas o que me preocupa é me afastar como venho me afastando, não dela, mas da escrita. Da vontade de escrever.
Esse ano eu comecei há organizar meu tempo, afinal ainda eu tenho alguns projetos. E um deles é passar um pouco mais de tempo com minha pequena e dedicar a um projeto que venho querendo há muito tempo.
Ah, pequenina consegue me abster desse mundo, consegue me desligar, talvez até me conseguir fazer esquecer que tenho um tanto assim de vida longe dela. E pensando bem, talvez seja isso, talvez esse meu bloqueio quando a questão é amor e relacionamentos, não quero perder esse meu tempo, perder os momentos mais memoráveis da pequenina. Quero vê-la andar, falar, eu quero vê-la brincando de boneca, encontrando o primeiro namoradinho, ganhado presentes com aqueles olhos arregalados... Talvez se eu estivesse em um namoro, relacionamento, perderia esses momentos. E além dessa questão alguém que me suporte seria raro, alguém que pelo menos gostasse das mesmas coisas, ou aceitasse esse meu jeito torto de gostar de lugares calmos ao invés de balada todo final de semana.
Ah, minha pequenina ver você sorrindo me faz esquecer que eu tenho um blog, que tenho vontade de escrever, me faz querer ficar “namorando” todos os dias esse seu rostinho, desses seus olhinhos de índia e desse jeito manhoso de chorar pedindo colo. Ninguém me disse que em 01/08/2011 eu me apaixonaria perdidamente e loucamente pela pequenina que pude pegar logo que nasceu e olhar de pertinho cada trejeito, cada forminha que seu rostinho tinha. Ah, são 174 dias do mais puro amor...

2 comentários:

  1. Com o passar dos anos, aprendemos a conciliar as coisas, se bem que sempre teremos a impressão que falta tempo para tudo.

    Uma amiga, me disse uma vez, que tem a sensação que uma vida não seria suficiente para fazer tudo que deseja. Tenho essa sensação, às vezes. Mas é aprender a administrar suas prioridades.

    Acompanhar o crescimento de uma criança da família é muito importante. Não perder os maiores momento, aproveitar ao máximo porque uma hora não conseguiremos mais acompanhá-los. Mas não necessariamente seja impossível manter um blog, um relacionamento e acompanhar o crescimento dela.

    Claro, talvez você aproveite muito mais não ocupando seu tempo com outra pessoa, mas é tudo questão de administração mesmo.

    Fiquei encantado com sua sobrinha, até porque estou encantado com as gêmeas que chegaram na família.

    Beijão

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  2. Talvez não tenha mais tanta coragem para escrever. Algumas vezes sobra um tempo, mas falta a coragem... Sei lá bobagem.

    E, tenho medo de não poder acompanhar... Como foi com a outra pequena que vi nascer e hoje já está com 6 anos e perdi metade de sua vida... Medo de perder isso com ela, esse laço afetivo...
    Eu vi uma imagem das duas, as pequeninas mais apaixonantes do mundo. Elas são um charme só! HAHAHAHA

    Beijos.

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