quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Caos.

Recorro a Flora Figueiredo: “Coração fechado para balanço./ Inoperante./ Mesmo com o saldo negativo,/ ele amanhã abre de novo/ e segue adiante.”

É quase um retrato do que ando sentindo. Nesses dias que ando dando “chances” para o coração, deixei me levar pelo “conhecer alguém”, mas nada que me tirasse do lugar, nada importante. Eu acho um pouco bobo, esses “namoricos” de uma noite, eu não tenho paciência para isso, não tenho vontade de colecionar “namoricos” ou como dizem: “Você viu que cara bonito eu fiquei?” Eu não tenho paciência nem para sequer ouvir essas conversas, talvez seja por isso que eu gosto do discreto, do quase secreto.
Confesso, o beijo foi diferente, a conversa diferente, não sei. Talvez eu sentisse falta do sarcasmo, talvez. Na verdade eu não sei o que anda acontecendo comigo, escrever já não se tornou uma válvula de escape, redes sociais não me atraem tanto nesse momento, eu venho com uma calma irrevogável, venho me importando com a família e deixando de lado qualquer outra coisa. Ocupo metade do meu tempo procurando coisas para a pequenina, até cantar para pequenina faz mais sentido no momento.

Mas nessa madrugada perdida, lendo o texto de um blog que todo dia entro para ler um novo texto e cada velho texto ler novamente, me fez pensar no que anda acontecendo comigo, talvez seja o marasmo desses dias. Talvez seja a necessidade de algo inesperado, algo surpreendente, ou talvez seja só uma fase. Uma saudade passageira, uma vontade de fazer nada, que de vez em quando é confundida com paixão ou por outras pessoas que dizem: “Você está pensando em quem?” E você não ter resposta. Se eu voltasse a bordar, faria alguma diferença? Iria me tirar desse marasmo? Acho que não, tenho certeza que não.
Pensando por um lado o ano começou ótimo, amigos, shows, risadas e alguns estresses sem grande intensidade.  Mas falta algo não sei ao certo o que, na verdade ainda procuro. Ando mais romântica que o normal, eu ando dispersa e me distraiu até com uma estrela no céu, com um nome escrito na areia e até acordo na esperança de ganhar um “Bom dia” diferente. Parece loucura, talvez seja a transição de fase que todo mundo passa uma vez na vida, ou talvez seja só uma TPM puxada para o lado emocional. Até mesmo um texto, um choro da pequenina, me encanta. Espero que não seja meu coração amolecendo, mas tenho quase certeza que é bobeira, carência, sei lá. Não acredito que um ano novo, possa mudar uma pessoa.
Mas confesso que meus amigos são motivos para pensar que esse ano começou diferente. Afinal não é sempre que conseguimos reunir todos os amigos, amigos de São Paulo que, enfim conseguiram um tempo. Amigos que trabalham, enfim, estarem de folga. E reunir todos, todos os finais de semana.

Talvez fosse um pecado não escrever aqui o que realmente passa na minha mente, escrever sem códigos ou maquiado por outras diversas palavras. Mas para o “agora” escrever o que se passa, seria abafar palavras, que as regras da vida propõem. Ou na verdade eu não tenha a mínima idéia do que estou fazendo aqui, na verdade esse meu sorriso no rosto com que escrevo, seja mais um motivo para terminar e largar de escrever. Acho que escrever não é para mim. Escrever sobre sentimentos, sobre mim, é mais difícil do que inventar um personagem com um nome bonito e com uma história incomum. O que anda acontecendo com você Juliana Gonçalves da Silva?

2 comentários:

  1. A pergunta que encerra seu texto me ocorreu quando entrei diversas vezes e não encontrei nenhum texto novo. Pensei na possibilidade de estar se divertindo por aí, mas não tinha tanta certeza disso pelo gênio muito compatível com o meu.

    Não deixe de escrever, como já frisei mil vezes, gosto muito da maneira como escreve, principalmente sobre sentimentos. Acredito que cada vez melhorará mais e mais, pois é o que vejo sempre por aqui. Nunca pare. Nunca!

    Se um dia ninguém mais ler este blog, pelo menos um leitor você terá garantido. A não ser que surte, como já surtei algum dia e comece a escrever coisas desconexas. rs rs rs

    Beijão

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  2. Se divertindo... Talvez não seja a palavra, querer não fazer nada e estar rodeada de amigos. Sair com eles, mas sem vontade. Ou melhor, vontade do nada.
    Estou vendo, quando eu cansar e resolver e sumo por um tempo. Vai depender do tempo que vou ter que vai ser bem diminuído esse ano. Por problemas de saúde, problemas de tempo mesmo. Mas nada que eu não consiga converter e achar uma solução.

    Obrigada, pelo menos. rs rs rs Acho que não vou surtar, eu acho. HAHAHA

    Beijos.

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