Desliguei o celular essa semana, tirei o telefone do gancho, fui enfim a praia. Moro uma rua antes da praia e fui uma ou duas vezes.
Esqueci amores, não quis amar. Como diz um grande amigo: “Praticaremos o desapego.” Pratiquei.
Parei de escrever, não por não gostar, queria um tempo para colocar a cabeça em ordem. Para limpar o coração e varrer lembranças emboladas do meio-fio do subconsciente.
Saí, dividi uma vergonha com uma amiga, dividi conselhos, ignorei passado. Encontrei pessoas, fui a uma cachoeira, desci um barranco, me sujei, briguei, refiz as pazes.
Organizei papeladas, arquivei em ordem alfabética sonhos, comprei o vestido que queria. Ganhei presentes, abraços, choros e derramei metade de um choro com um episódio do “Grey’s Anatomy”, dei risada com “Friends”.
Li um livro estranho. Segurei à pequenina, fui babada, levei uma mordida da outra pequena, comprei uma mochila para ela. Que agarrou a mochila e saiu por aí correndo. E voltou chorando, porque a mochila voltou molhada.
É eu já posso voltar para cá, escrevendo novos textos. Agora sim! Eu deixei a Juliana Gonçalves da Silva nova em folha, como se nascesse de novo. Como se reaprendesse a escrever com o coração. E como se coração soubesse cada palavra e cada palavra soprasse e que meus dedos encontram novamente cada letra do teclado.
Despertei.
Preciso me reencontrar dessa maneira.
ResponderExcluirBeijão
Eu me dei esse tempo, precisava de um pouco de ar, antes de voltar para a escrita.
ResponderExcluirBeijos.