segunda-feira, 5 de março de 2012

Não sei mais escrever.

A medida que eu escrevo sobre amor, eu valorizo cada vez mais as lembranças. Cada vez mais meu jeito meio torto de responder o que é amor e como que funciona na minha cabeça (mesmo sendo insano e muito, mas muito idiota!). Algumas pessoas falavam que eu era desligada do relacionamento, que dividia a conta algumas vezes, que não sentia ciúmes e que não me importava com de ver o “amado” a cada fim de semana ou cada 15 dias.
Confesso que eu nunca liguei para as rodadas de Poker do final de semana, mas cada um precisa de um espaço. Ele jogava Poker e eu saia, batia papo com algumas amigas. É necessário um individualismo, um tempo para si. Eu queria que ele tivesse amigos e não ficasse o tempo todo grudado em mim, sem um tempo só. Sem tomar à famosa “cervejinha” com os amigos ou jogar um Poker qualquer.
Não me importava de dividir a conta uma noite, por mais que seja um “tabu” quem vem se quebrando, ainda tem muita gente que não divide uma conta, num dia causal. Lógico, que é maravilhoso não dividir a conta, mas algumas vezes não tem problema. Afinal você também consumiu. E eu sei que a sensação de não pagar, deixar um ar de cavalheirismo. Eu também adoro, toda mulher adora. Isso é incontestável.
Nós não se víamos todos os dias, nem todo fim de semana. Não teria saudade, não teria falta. Enjoaria. Quanto mais se demora a encontrar alguém mais felicidade em vê-la existe. O abraço é mais forte, se conta os minutos e as horas...

Nós conversávamos mais do que qualquer outro casal normal, conversávamos sobre uma noticia do jornal da manhã, sobre o chato trabalho dele (chato mesmo, chegava até dar um pouco de sono), conversávamos sobre o novo game que lançou e que ele estava louco para jogar, conversávamos sobre meus livros, sobre comida japonesa e sobre as minhas bandas prediletas.
Como diziam, parecíamos mais amigos do que qualquer outra coisa. Mas o que adianta expor para todo mundo que éramos apaixonados? Para que mostrar para todo mundo?

Eu gosto do discreto, do secreto. Claro, que de vez em quando acontecia uma reunião feminina dentro do banheiro durante um encontro com pessoal. E que eu comentava, das besteiras que falei e das besteiras que ele fez. Esse é o segredo, só vamos juntas ao banheiro para falar bem ou mal de vocês homens, nada, além disso. Ou também para rirmos de nós, com alguma besteira que não era para ser dita na frente de vocês. Depois de rir da própria besteira, falar sobre vocês e sobre como nosso cabelo está ruim. Saímos do banheiro radiantes, auto-confiantes, lindas!

Mas no geral o discreto, misterioso, incerto, imperfeito e com defeito é o que mais me atrai. Afinal do que seria do mundo sem os defeitos?
Quer saber, seria perfeição demais para o meu gosto.

2 comentários:

  1. Fiquei feliz em ver mais um texto por aqui! \o/

    Gostei da parte do individualismo, umas das poucas coisas corretas que um amigo diz é que isso não deve morrer mesmo depois de casado, o resto é balela. rs rs rs

    Outra coisa, que acho muito importante, é a amizade principalmente da forma que frisou, é como digo para os casais amigos: "A amizade é muito importante porque é isso que sobrará no 'final' do relacionamento.", afinal de contas, o sexo e as "baladas" não duram para sempre. O que deverá restar é a grande amizade e um enorme carinho um pelo outro, senão não será possível conviver ao lado de alguém porque nos tornamos chatos com o passar dos anos. Claro que alguns menos e outros mais.

    Ouço essas conversas de banheiro a vida inteira, claro que sem estar no banheiro com mulheres, mas fui confidente de diversas amigas, conselheiro amoroso de diversas outras... O fato de compreender um pouco o universo feminino ajudou muito a ser um "amigão" delas.

    Beijão

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  2. É necessário um tempo para si, todo mundo precisa de um tempo. Para conversar sobre qualquer coisa... A amizade é sempre necessária, é um porre não ser amigo do companheiro. Ninguém convive só com essas coisas supérfluas, mas amizade dura... Com o tempo de relacionamento as pessoas ficam chatas mesmo e não criar uma amizade e um grau de intimidade acabará sozinho, porque o outro jamais irá nos suportar com o passar do tempo.

    É um clássico essas conversas de banheiro, que no final acontece em todo lugar. É bacana isso. E eu de vez em quando encontro um amigo que chora no meu ombro por amor, é engraçado ouvir vocês sofrendo por amor, pedindo conselhos. Dá para entender um pouco desse universo oculto de vocês também. rs rs.

    Beijos.

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