Jogo de sedução.

E eu que era acostumada a acordar com mensagens de bom dia, eu que era acostumada a suar frio toda vez que tocava em você e eu que era acostumada a dormir ouvindo seu coração bater.

Desapego.

Eu não reparei em você, não entendi sinais, não entendia indiretas e nem diretas, não entendia as pessoas falando sobre você e eu. Eu sempre fui péssima em entender esse jogo de sedução, não é mentira quando dizem que além de chata com amor, sou péssima em decifrar sinais e olhares. Não é mentira quando dizem que eu quase nunca reparo em alguém e que quando reparo foi só um comentário inocente, nada além.

Eu gosto do claro, não gosto desse jogo de sedução.

A lerdeza faz parte de mim, nunca criei sentimentos por si só, não tive amores platônicos, nem se quer uma paquera iniciada por mim. Eu não sei jogar esse jogo.

Ele não jogou, foi esperto. Pegou evidências, seguiu minhas cinco “regras”, ou melhor, cinco passos para me fazer entender de vez. Passos que eu nem sabia que existia, mas funcionou.

Uma jogada de mestre. Um tiro perfeito em um coração que dorme no ponto e que não aprende.

Eu sou emocional ao ponto racional. Sou lerda, faço de conta, gosto do direto. Não gosto de ter uma dor suprema ou uma expectativa; por algo jogado no ar, por sinais que eu obrigatoriamente deveria entender. Mas que não fui bem preparada para ser receptiva com isso.

Gosto assim, sangrar até a morte por um amor inventado, um amor por sinais, não faz o meu tipo. Vale a pena não ter roteiros, inconformismo e vazios.

O amor poderia ser racional, assim eu não me perderia tão fácil.

Se pelo menos uma pessoa entender o que eu escrevi aqui, eu já iria sair no lucro.