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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Erraram.

Apresentaram-nos. Disseram que você combina comigo. E que eu combino com você. Erraram.
Ele fumou a cada 25 minutos um cigarro, isso deu para notar. Ele se embola nas palavras, eu sou fria e racional. Ele se assustou com minha razão excessiva, ele dissera que esperava que o fosse “xingar” ou ser uma daquelas garotinhas de meia idade. Eu entendi.
Eu não sabia por que aceitei esse encontro, ele tinha manha. Conversa mole, daquelas que levariam qualquer mulher no papo, além de ter um charme que o destacava. Não combinávamos em nada, entramos no assunto música, falhamos, ele ouvia pagode, sertanejo e eu MPB e algumas outras. Falamos sobre gostos, ele gosta de balada e eu de um cinema caseiro. Eu gostava de café e ele de vinho. Era canceriano e eu geminiana. Ele era emocional e eu racional. Ele falava que eu tinha coração pedra, quase isso.
Ele tinha 25 e eu 15, ele não ia a igreja a 7 anos e eu fui ontem. Ele era vivido, eu nem tinha começado a engatinhar, eu sabia conversar e ele embolar, ele tropicava nas palavras e eu falava sem medo, nem dó. Ele gosta de discussões desnecessárias e eu não tenho mais paciência para isso. Ele dava pinta de galã e eu entrava nas estatísticas: mediana, cabelo um pouco abaixo no ombro, óculos de grau e quase sempre sem maquiagem.
Eu não queria um galã e ele, ah, sei lá o que ele quer. Eu queria o de sempre, o cheio de defeitos aceitáveis, aqueles que eu disse em um post perdido, o cheio de compatíveis manias e modo de pensar, aquele que com a idade que for aguentasse meus minutos em silêncio a cada estresse que eu viesse a ter. O que fosse estressado e chato, eu não sei. Eu gosto dos chatos e estressados, afinal eu sou chata. Ah, o que entendesse que eu não peço desculpas e que não pedisse desculpas para mim. Apenas que explicasse o porquê fez e pronto. Que suportasse meu humor irônico. Que não apertasse os dois botões para chamar o elevador, que suportasse meu medo de carros, que me deixasse rachar a conta algumas vezes e que ao menos, me deixe subir primeiro no ônibus. E que não discuta por bobeira, por favor.

E que suportasse e me “xingasse” a cada texto carente que escrevo, como esse por exemplo. Eu não tenho culpa de me apaixonar por defeitos toleráveis, mas eu sei que é bem melhor do que idealizar a perfeição. Ah, 23hrs, um texto como esse... Não é para fazer sentido, na verdade faz um sentido que poucos irão descobrir. Talvez nem eu venha descobrir.

23hrs01min: O café acabou e a sensatez fugiu.

Defeitos perdoáveis: Os de sempre, o que sempre encontrei o que sempre convivi, desde o ateísmo passando por outros diversos até o ciúme tolerável.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Estresse da semana.

Eu não sei o porquê de escrever isso, na verdade eu imagino que seja o meu estresse e cansaço sobre esse assunto. Nunca me preocupei em encontrar alguém, dar uma nova chance para o amor. Na verdade, eu penso que algumas coisas em nossa vida já são destinadas a acontecer, claro que em algumas situações devemos colaborar para que aconteçam.
Isso pode soar frieza da minha parte, mas não sinto carência, ou melhor, não essa carência absurda que meus amigos e outras pessoas desesperadamente sentem. Eu odeio as “paixonites” de uma noite e com essa minha rejeição a “paixonites” as pessoas subentendem que eu sou fechada a qualquer tentativa que me faça abrir meu coração outra vez. Ou talvez seja por eu admirar e dar muito valor a gestos e atitudes, principalmente a persistência. Porque confesso que não são todos que dão valor aos gestos, que contem atitude e bastante persistência. Alguns preferem usar palavras sem nenhum sentimento nelas ou agradar com presentes, – um presente dado de coração, vale o triplo do que aquele super presente, todo elaborado. Confesso que sou extremamente apaixonada por coisas simples, sem muita elaboração, mas entregue com todo o coração. Até não ganhar presentes, eu só quero perceber em um relacionamento é tudo com o coração. E convenhamos não existe presente no mundo, que supere um olhar apaixonado ou até mesmo uma visita surpresa como presente. – Eu deixo a vida seguir o curso que ela deve seguir, já existem pessoas traçadas, existem historias, decepções já escritas, mas claro, que existem formas para que essas coisas de destino se revelar mais cedo e naturalmente eu vou empurrando as coisas para ajudar todo o percurso que acredito que já esteja marcado. Eu vejo pessoas tendo tamanho esforço para não ficarem sozinhas, levando a diante um namoro que ao contrario de um namoro feliz se tornou um namoro triste e sem amor, mas não preferem ficar ali batendo na mesmo tecla, mesmo sabendo que não há amor. Você acaba sofrendo e faz a outra pessoa sofrer, mas continua lá segurando as pontas que já são impossíveis de se acertarem. E eu me pergunto para que? Se não há amor dos dois lados, não tem necessidade de fazer sofrer e ficar sofrendo... Mas só para não ficarem sozinhos carentes ou só pelo fato de que não vai ter alguém só para dizer que tem alguém... Talvez seja por pensar assim que eu espero o máximo para ter certeza concreta que eu posso me arriscar abrir novas chances para meu coração e afrouxar um pouco minha armadura e mover um dedo ao menos dos meus pés cravados no chão. Eu sou uma pessoa romântica demais, mas isso não quer dizer que eu não possa controlar as minhas ações e distribuí-las corretamente. Sentimento é algo incontrolável, mas para agir existe.
Anda me incomodando o fato desse assunto girar em minha volta, e ficou cansativo para mim, ouvir todos os dias que preciso encontrar alguém, abrir novas chances, “curtir” a vida – curtir para mim era outra coisa, até eu descobrir que eram as “paixonites” – sem ter medo de ser feliz. E mais cansativo quando me perguntam se eu não superei algo no passado. Ou essas coisas que andam me deixando cansada de ouvir.
Acho ótimo, maravilhoso ter alguém para compartilhar as diversas situações da vida, para compartilhar as alegrias e a tristezas também e enfim ter um companheiro, uma pessoa legal, com defeitos e qualidades que seja suportável para cada um. Agora ficar atirando para todos os lados, não me agrada. Um relacionamento duradouro só irá durar se houver amor das duas partes, uma compreensão, vai haver discussões isso é indiscutível. Mas manter o equilíbrio e o amor é o mais importante, vai passar por problemas, por felicidades, por barreiras, infinitas situações, mas só existe alguém para se chamar de amor, quando há o sentimento amor. Ao contrario deixe o destino se encarregar, mas sempre dando aquela forcinha para que as coisas andem um pouco mais rápidas. Um pouco, não tenha tanta pressa. Ainda há tempo para tantas coisas...

[Conversando sossegadamente sobre meu cunhado e quão nervoso ficou quando almoçou aqui em casa pela primeira vez. Confesso que foi divertido ver um homem daquele tamanho tremendo sem ter ao menos motivo e mal conseguindo engolir a lasanha de tão nervoso. E ainda ver meus pais tentando deixa-lo mais a vontade possível e a minha irmã nervosa e me pedindo ajuda, salvação como se fosse difícil toda aquela situação. Quando mais uma vez...]
[Mãe] E você Juliana, como anda o coração?
[Eu] Vai bem.
[Mãe] Ninguém dentro dele?
[Eu] Você e a nossa família, alguns amigos e a minha pequenina... (confesso, foi irônico)
[Mãe] Alguém que te faça suspirar... Ficar apaixonada...
[Eu] Vamos deixar o destino se encarregar. E não vamos entrar nessa conversa de novo.
[Mãe] Você é muito boba, deve encontrar alguém...
[Eu] Mãe... Deixemos as coisas assim e esperamos o tempo.
[Mãe] Mas Juliana...
[Eu] Mãe...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Velhice Precoce?

Eu não sei o que aconteceu comigo nesses dois anos, eu ando ficando velha ou pelo menos com pensamentos velhos, que talvez seja bom senso, não sei. Eu sempre tive alguns pensamentos assim, mas de uns anos para cá eu perdi toda a paciência em sair para lugares agitados, em festas ou com pessoas descontroladamente baladeiras e que não tem controle do que pode fazer ou não. Eu nunca gostei de balada, mas eu sempre fui quando me chamavam, talvez para fazer uma média com os amigos, já que eu gosto bastante de silêncio. Eu ia, conversava, fazia aquela reunião de amigos, dava risada, enfim... Mas agora eu ando sem paciência, na ultima vez que eu fui a uma balada, eu me irritei, gente bêbada, pessoas descontroladas, volume altíssimo, aglomerações, aquilo me desgastou de tal forma... Eu chegava à minha casa, com alguns amigos e eles queriam conversar, fazer outra “festinha” aqui em casa e eu queria só dormir, eu não aguentava mais barulho, eu não aguentava mais ficar até 5 da manhã acordada. Será velhice precoce?
Eu sempre preferi ficar em casa, assistir um filme, tomar um café e ter uma conversa agradável e calma com meus amigos. Eu não vejo graça em sair e fazer a maior baderna, ir aos lugares de arromba, chegar lá e chutar o balde e fazer tudo no que dá na telha. Isso me irrita.
Eu vou a uma balada, e o que eu consigo ver são pessoas bêbadas, gente que beija e outras diversas coisas com todo mundo, como se fosse uma coisa sem valor, uma coisa que ninguém liga mais. Eu não sei se sou eu que dou muito valor ao fato de ter importância para mim, de eu não aceitar que uma pessoa “fique” (odeio essa palavra, para mim não tem essa de "ficar", ou você está conhecendo a pessoa ou namorando. Por favor, não me peça para aceitar isso como se fosse normal. Porque para mim é modernidade demais) com várias pessoas em uma noite.
Não sendo hipócrita, eu fiz uma vez (e única) a maldita experiência de "ficar" com uma pessoa na balada, por influência, por achar que todos os meus amigos faziam e porquê eu não? Resolvi fazer a experiência, e foi a pior coisa da minha vida, sabe quando você se sente usada, um objeto, então... Porque beijar e fazer outras coisas tem que ter pelo menos um sentimento, mesmo os mais pobres dos sentimentos (Claro, que não vai sair fazendo isso com todo mundo que você cultiva algum sentimento. Não confunda as coisas). Agora o que não dá é para se rebaixar e "ficar" com uma pessoa e depois quando você vira as costas essa mesma pessoa já está tentando levar outra (o) no papo.
E não me venha falar que eu preciso de um namorado baladeiro e agitado para me animar, já ouço isso... Porque nada como ficar quietinha, fazer um jantar e conversar, sem falar em balada, pessoas bêbadas ou lugares agitados. E também não me venha falar que foi a minha criação, porque eu lembro diversas vezes das constantes conversas que tive com a minha mãe para me convencer ir em uma balada, agora não, afinal eu já sei muito bem o que eu quero. Enfim, eu sempre fui a mente estressada e careta.  Ás vezes eu me irrito com isso. Eu até olhei de novo meus conceitos, mas não. Para mim é algo inaceitável. 
Há única coisa que eu sei é que felicidade é ficar na minha casa, tomar um café, assistir a um filme com alguém e poder colocar a minha cabeça no travesseiro com satisfação e sem ficar com dor de cabeça por causa da porra do som alto.