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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Brincar de recordar.

Várias coisas haviam abalado nós dois, chegamos a ter alguns desentendimentos sérios causados por minha falta de ciúmes e do excesso de ciúmes dele. Mas nada muito grave ao ponto de terminar tudo ou de pensar em terminar algo.
Eram grandes discussões, mas em tempos longos, tinha um espaço longo de tempo para acontecer uma discussão entre nós dois. O nosso problema sempre foi a minha falta de ciúmes, afinal eu engolia alguns ciúmes bobos dele. A distância sentimental também mexeu bastante, afinal essas raras discussões estavam desgastando rápido nosso relacionamento. A distância sentimental e a falta de assunto era desesperador, a nossa intimidade não era mais a mesma e então resolvemos marcar um cinema para tentar favorecer um ambiente agradável para nossa “tentativa” de recuperar a parte gasta do nosso relacionamento.

 Foi uma quarta feira de frio, tínhamos combinado que ele passaria em casa para me buscar e com a condição – boba e medrosa – de que fossemos de ônibus ao invés carro.
Ao chegar ao portão do meu prédio, senti que estávamos frios, ele me deu um breve beijo, eu quase não esbocei reação. Evitamos bastante entrar no assunto “desgaste”, mas a intimidade se fora, que até para andar de mãos dadas parecia algo fora do comum. Conversamos algumas coisas aleatórias dentro do ônibus, coisas sem importância, não sequer entramos no assunto que estava nos levando para essa tentativa.
Religião e minha devoção, nunca abalaram nada, mesmo ele sendo ateu convicto, jamais entramos nesse assunto, não seria justo achar que ele era obrigado ser devoto as minhas crenças ou orar ao meu Deus. Isso nunca me incomodou, na verdade entramos uma vez apenas nesse assunto, mas com respeito mutuo e em tom de brincadeira.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Tranco as portas.

Entre tantas músicas que poderia ter tocado aquele dia, tocar a nossa música foi bem irônico. Aquela música que bem, é a nossa história do verso ao inverso. Confesso que fiquei feliz, afinal depois de tanto tempo sem ouvi-la, ouvir assim sem nenhuma pretensão. Escrever isso parece amor reprimido, ou algo assim. Mas são apenas lembranças boas, como qualquer outro momento feliz da minha vida.
As coisas mudaram, eu não sinto mais nada, nada além de um grande apreço. Afinal passou na minha vida, fez parte dela e ainda é uma parte boa.
Tenho minhas carências bobas de vez em quando, sinto falta de alguém, mas não de você. Não do seu beijo, do seu abraço, talvez hoje eu só sinta falta das conversas, das risadas, até mesmo das conversas sérias.
Agora bloqueio qualquer sinal de paixão que venha aparecer não por medo, por receio, por saudade, só por saber que paixões acabam. Como uma vez disseram: “Paixão é fogo de palha. Logo acaba.” Concordo, paixão é calor do momento, mas claro, que sei que o amor só irá evoluir de uma paixão. Mas sou tola, tento racionar essas coisas do coração, mas é mais confortante ter isso sob controle. Estranho ouvir as pessoas dizerem que sou feita de pedra, não tenho emoção, eu tenho emoção, mas eu a controlo. Não sou feita de pedra, de vez em quando eu sinto falta de um abraço, de poder cuidar de alguém, de poder ser cuidada, mas demonstrar isso não adiantaria em nada.
Claro que de vez em quando aparece alguém que consiga tirar aquele meu sorriso diferente, aquele olhar envergonhado. Como aconteceu no meu ultimo “encontro”, que digamos foi reaprendizado ridículo e uma comédia de como é sair com alguém. Ainda mais por ter percebido que só saio com gente que não combina comigo, bom como dizem opostos se atraem. Mas não por muito tempo. Estava ali de novo com alguém que não pensava como eu, que era de novo o oposto em tudo que eu achava certo. E não digo os defeitos visíveis como o fato dele ser fumante, (e por mais uma vez na minha vida! Era de novo um ateu! ) e todos essas coisas, até porque esse tipo de defeito nunca foi algo que me importasse muito, na verdade, foram os defeitos na conversa, não combinávamos em nada. Nem na forma de pensar, na forma de encarar as coisas, nos mínimos detalhes. Fora tantas outras coisas que aconteceram durante os dias. Mas não vem ao caso, não agora.
O coração pede descanso, ou um tempo, ou alguém que combine. Pelo menos na forma de pensar. Eu tranco as portas para essas paixões avassaladoras. Como fechei para essas paixonites que deixam algumas pessoas desorientadas mesmo sendo passageiras.


A música que conta sem eu precisar escrever nossa história. O verso do inverso da nossa história.: “Ana Carolina – Quem de nós dois.”