domingo, 1 de maio de 2011

Alma.

Borboleta voou até mim, não aquela borboleta que vêm quando estamos apaixonados e voa em todo nosso estomago, mas uma real e colorida – Rosa, azul, violetas e pintinhas amarelas. Ela não era aquela que eu um dia viria sentir voando no meu estomago, mas me trouxe a paz que ilusoriamente senti. Houve um rebuliço entre os meus familiares, afinal ninguém nunca veria inseto mais bonito.
Teve um pequeno sussurro dado por mim:
- Ela tem uma alma que é transmitida pelas suas cores.
Eu acredito piamente que insetos têm alma, mas aquela borboleta me passava isso com mais firmeza.
Ela ficará ali parada, por horas e eu fiquei a contemplando, como se aquela fosse à única borboleta do mundo. – E eu realmente estava certa, era a única. A única capaz de trazer a sensação de borboletas no estomago, sem estar no meu estomago.
Eu resolvi pegar minha maquina e fotografar, ora queria fotografá-la para ter uma foto perfeita ora para guardar a imagem da verdadeira alma. Mas antes que pudesse fotografá-la minha mãe falou suavemente atrás de mim, me fazendo voltar-se pra ela:
- Ela é linda não é?
- É, mãe, ela consegue ter uma alma que encanta nossos olhos.
Só foi voltar a olhar para a tal alma que voava e ela realmente voou para o longe. – Talvez para outro mundo, ou algo do tipo mágico. E eu falei com uma voz de choro:
- Ela se foi, para sempre.
- Aprenda, as coisas se vão. Mas isso não quer dizer que devemos esquecer o que nos encantou. Disse minha mãe, sentindo minha voz tropicando no choro.
E eu sai andando com as minhas mãos no bolso, com um sorriso, com o choro ainda em minha garganta, com a lembrança da borboleta que fez aquele meu dia mudar e com meu livro, que caberia a falar a mais sábia das frases que já li: “Os insetos são a alma, que sobrepõe todas as almas do mundo”.


Por Juliana Gonçalves, vulgo @juugs_ (Plágio é crime)

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