segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Casualidades.

Desde o inicio pensei que seria mais difícil encarar o seu "ateísmo", sua descrença, sua forma de pensar. Mas eu encarei isso como se fosse algo normal afinal, eu sempre tive uma religiosidade particular, nunca comentei ou abri o tamanho da minha fé para ninguém (embora alguns saibam que é incontrolável, uma fé de tamanho  que jamais poderia descrever, mas fora eles, não abro minha religiosidade. Por achar que cada um deve ter sua própria ou não ter alguma. Mal abri para minha família, prefiro não julgar ninguém).  O que me faz parecer um tanto quanto descrente. Eu já vinha pensando nessa situação e como eu me colocaria, no que até então nunca havia tido contato, ou melhor, nunca tive um real contato com um ateu. Eu realmente pensei que viria a ser um grande problema, que meus conceitos seriam todos contra ele, mas me surpreendi esse assunto nem se quer entrou em discussão dentro das nossas discussões que passaram despercebidas e poucas pessoas sabem que elas existiram. As discussões ficavam em torno da minha falta de ciúmes e sobre um assunto que eu pensei que deixei claro no inicio, mas eu tinha certeza que ele iria cogitar mais uma vez sobre esse assunto.  Ele sabia que não seria como suas historias anteriores, ele sabia que por mais que a minha racionalidade, decisões firmes, conversas sensatas fosse grande, não seria como um relacionamento com uma mulher mais velha, como ele sempre tivera. E eu sabia que seria difícil me acostumar, porque além de chata, tenho manias e naquele tempo encarar a realidade assim de frente me causava certo desânimo, certo questionamento.
Conversamos muito, que por conta da distancia física (a sentimental sempre existiu, mesmo segurando os pontos), foi infelizmente por meio de mensagens, coloquei ele contra parede procurando uma resposta para minha pergunta. Na verdade, eu não discutia, eu não conseguia, talvez por ter deixado os sentimentos tomarem conta, por querer ter cuidado com ele, por não querer nem se quer um minuto vê-lo levá-lo uma dura, afinal quando eu discuto, mesmo que as discussões pareçam uma conversa calma, as minhas palavras são duras demais. Isso é um de meus defeitos. E sendo assim eu poderia deixá-lo machucado ou magoado. E bem, eu odiaria que isso acontecesse. Mas a resposta nunca aparecia, ou melhor, era uma confusão, que nem se eu quisesse entenderia... E mais uma vez vinha se diminuindo toda aquela paixão avassaladora e a compreensão que nunca tivera. 

2 comentários:

  1. O despertar da curiosidade é algo extremamente perigoso e esse texto, como outros, me causaram isso.
    Sua sensatez é algo que me deixa maravilhado, como já disse, apesar da pouca idade, você é centrada e mais adulta que muitas mulheres.
    Fiquei com medo da parte da discussão. rs rs rs

    Beijão

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  2. Curiosidade... É estranho eu achar que não creio que consigo despertar curiosidade de ninguém? rs rs. Sensatez, talvez eu não tenha isso...
    Parte da discussão, eu sei, mas eu não consigo discutir sem usar argumentos, sem limpar o jogo e mostrar a realidade como ela é e isso me faz uma pessoa um tanto quando fria de vez em quando...

    Beijos.

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