quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quebra cabeça. - 1


Fazia tempos que algumas amigas e amigos estavam querendo sair para conversar,comer um pizza, beber... Eu recusei varias vezes, afinal eu não curto muito sair todo final de semana.
Mas naquela noite de sábado, resolvi ir. Afinal, o que teria de mal sair e chegar tarde em um sábado?
Me arrumei, peguei meu celular e estava pronta, esperando minha irmã terminar de se arrumar. Tive um desvio de paciência, afinal não gosto muito de esperar. Sou pratica, não demoro mais que 15 minutos me arrumando.
Enfim, ela estava arrumada...
Pegamos um ônibus e fomos ao encontro de nossos amigos, cumprimentei todos e parei para conversar com uma pessoa querida, amiga de 7 anos, praticamente um irmã mais velha. 
Ela comentou sobre trazer um amigo diferente para sair também e eu com o mínimo interesse, mal me importei.


Demorou alguns minutos, vejo um homem encostado no muro, conversando com outras pessoas, era ele. O tal.
Aproximei-me, cumprimentei. Percebi que ele era simpático, mas não dei muito atenção.

Caminhamos até a pizzaria e durante o caminho comentei com uma amiga que tinha achado ele bonito. Nada de mais. Um elogio como qualquer outro.
Ela apenas sorriu.
Ele era misterioso, daqueles sérios, carrancudos, com cara de mau humor. 
Ouvi meio terço da conversa entre ele e minha amiga.
Ele falava com um tom triste.
- Terminamos sim, ela não aguenta a rotina do meu trabalho.
Minha amiga não disse nada, simplesmente me olhou.
Sentei à mesa com mais 10 amigos, pedimos pizzas, ele dividiu uma cerveja com outro amigo e eu tomei um suco de laranja.
Não toquei mais no assunto, não conversamos aquela noite. A conversa começou com um “Oi, tudo bom? Prazer, Juliana.” e terminou com um “Tchau, prazer.”
Voltei para casa, dormi maravilhosamente bem.
Naquela noite sonhei com ele, algo rápido. Nada de mais.

Não nos encontramos por meses longos, me esqueci da existência dele. Nunca mais tocamos no nome dele. Afinal, eu nunca mais iria ver o tal que tem o dobro da minha idade, triplo de estresse, além de tudo era tão viciado no trabalho que duvidei vê-lo algum dia na rua.

Um comentário:

  1. Jeito interessante de se conhecer, normal, mas interessante.

    A parte "estranha" foram os longos meses, parece coisa de livro. rs rs rs

    Beijão

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