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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Marcelo. - Dia estranho

Nota: Um texto um tanto quanto medíocre e estranho. Eu pensei em parar de escrever, por falta de criatividade, mas sabe eu não consigo mais parar de escrever, mesmo não sabendo escrever.


Acordei com dores nas costas, com uma cara amassada e procurando pelos meus cigarros. Não tinha. Sai de casa, fui à padaria comprei meus cigarros, três médias e voltei.
Tomei meu café e o telefone tocou:
– Alô – Eu disse um pouco embebedado pelo meu sono que não passara.
– Bom dia, senhor Marcelo? – Era aquela voz de novo, amarga e doce ao mesmo tempo. Era a secretária do Carlos. Aquela que os fios saiam descolando um por um.
– Sim, pode falar? – Disse, espantado, mas disse.
– Seu perfil foi aprovado. O senhor pode comparecer depois de amanhã ás 14:00 horas? – Ela me irritava com aquele português correto, eu tinha vontade de, quem sabe, a xingar.
– Sim, posso sim.
– Ok. Tenha um bom dia.
– Você também. Obrigada.

Desliguei um pouco feliz, na verdade, bastante feliz na verdade, mas se alguém tivesse olhado meu semblante naquele momento diria até que eu estava morto. E sabe. E bem, eu estava morto naquele momento.
Cai na cama e dormi.

domingo, 28 de agosto de 2011

Marcelo. - Lívia

Sai de casa cedo peguei quatro ônibus, dois para ir e dois para voltar, fui para uma entrevista de emprego... Lá, esperei por um bom tempo, na verdade, bastante tempo, até que me aparece uma moça, com uma roupa social estranha e um coque tão esticado que dava a impressão que seus fios de cabelos iriam sair descolando um, por um.
– Marcelo, o senhor Carlos esta à sua espera. – Ela falou sem nenhum erro de português e com uma voz grossa e doce ao mesmo tempo. Bem como uma secretaria é...
– Ok, obrigada senhorita. – Queria causar boa impressão logo de cara e praticar a minha falhada simpatia.

Cheguei até a tal sala e conheci o tal Carlos, o todo poderoso da empresa, ele tinha uma cara de bravo, cabelos bem, mas bem grisalhos e me olhava por cima daqueles seus óculos. A sala dele era sombria, era um lugar que causava seriedade, mas mesmo assim não achei tão empolgante ser o que ele era.
- Sente-se, homem. – Ele disse com uma voz autoritária.

Me sentei em uma cadeira que direcionava meu olhar, para esse Carlos, conversamos, ele fez diversas perguntas e me mandou embora, dizendo que manteria contado.
Fui para casa, nesse caso, apartamento, quando eu ia subindo no elevador, veio uma garota despenteada e um tanto quanto afobada, gritando loucamente para eu segurar o elevador, como se aquele elevador fosse o único.
– Segura pra mim, espera!

Eu segurei o elevador, ela deu um sorriso pra mim e se criou aquela cena clichê de elevador, o silêncio tomava conta da vergonha que estava no ar. Eu reparei bem nela, ela era bem normal, nada que atraísse demais um homem, mas pelo menos era interessante se reparasse bem: Ela era baixinha, com cabelos avermelhados, olhos verdes e um pouco dentuça, o que deixava ela muito mais interessante. Ela ficou olhando, até que decidiu puxar assunto, - dentro do elevador, o que não era comum, afinal nós nem nos conhecíamos.
– Oi, tudo bom? – Disse querendo ser simpática.
– Oi, tudo... – Respondi envergonhado, bem envergonhado na verdade.
– Meu nome é Lívia, prazer. Sou a nova moradora do 7° andar... - Era o meu andar, mas não disse nada. Só retribui com o meu nome e um sonoro “Hum”.
– Hum... Bom, prazer sou Marcelo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Marcelo. - Prólogo

Eu vim subindo a rua, alargando a gravata do meu pescoço, tirando o pouco do gel que ainda restava no meu cabelo cortado milimetricamente e perfeitamente certo, eu subi como todos os dias frustrantes que ando tendo, sem nenhum emprego em mãos, sem dinheiro. Cheguei ao prédio onde moro e já era tarde, muito tarde. Tirei os sapatos apertados no elevador mesmo, – elevador, eu mal posso pagar meu aluguel e ainda ando nesse elevador... O elevador parou no segundo andar, ainda, bem, ainda não era o meu andar, entrou bastante gente, principalmente as velhas fofoqueiras do segundo andar, me olharam com cara de desprezo, elas, bem, elas tinham razão de me olhar assim. Cheguei ao meu andar, abri a porta do meu apartamento, – meu apartamento, grande ironia. Abri e meu cachorro subiu em cima de mim, como todos os dias e depois ele foi dormir, eu liguei a TV e fiquei lá, repensando o que teria sido da minha vida se eu não tivesse largado minha esposa e minha casa confortável, mas não adianta agora já estou aqui, mesmo com as dificuldades que eu ando enfrentando, não adiantava continuar lá, não havia mais amor, não havia mais desejo, não havia mais nada. E agora, agora eu moro em um apartamento infiltrado, com meu melhor amigo... Um cachorro velho na verdade, sem dinheiro, sem emprego, mas pelo menos aqui, eu procuro a felicidade do meu jeito torto. Mesmo que isso demore, mesmo que isso demore...

Por: @juugs_

Marcelo:00