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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Amor Incondicional.

É pequenina e chorava de forma absurdamente perfeita, seus dedinhos tentavam agarrar com tamanha dificuldade um de meus dedos. Agarra e terminava seu choro, até adormecer em meus braços. Toda a minha fé que eu já considerava bastante se renovou e transbordou de tal maneira, me fazendo descobrir que estava enganada em dizer que a minha fé já era suficientemente bastante.
De vez em quando pensava que ela estava dormindo, mas não, ela abria aqueles olhinhos de vez em quando. Dava uns sorrisinhos o que deixava a “tia” aqui cada vez mais babona. 28 dias de vida, 28 dias capazes de me fazer exalar amor e de me desligar do mundo inteiro, capazes de tornar o pedaço da minha fé que havia se perdido ao longo dos tempos em algo incontrolável, em algo que era tão forte que eu jamais poderia explicar em palavras. Dava pra sentir naquele pequeno pedacinho de gente tal pureza e tamanha inocência, era difícil me imaginar naquela situação, afinal nunca fui muito boa com crianças, na verdade, eu tinha medo de machucá-los de tão frágeis que são. Mas com ela esse medo se tornou algo tão fútil, a minha “cheirinho da tia” (É, um apelido horrível, mas eu adoro chamar ela assim) conseguiu enfim, fazer essa Juliana tomar jeito e aceitar que mesmo pequenina do jeito que ela é, me deixou boba de tanto amor.
E confesso que eu não preciso de mais nada agora, nada além de me esforçar ao máximo para fazer minha pequenina feliz. E ouvir comentários de amigos ao longe: "Ah, a Juliana está lá babando na sua pequenina", sabe eles tem razão eu nunca babei tanto, nunca amei tanto algo tão pequenino. Agora é só espera-la crescer forte, saudável e esperar as perguntas que sua irmã (Minha outra pequenina, minha chatinha, a garotinha que agora quer se maquiar e já diz que tem namorado... Mas que não recusa o colo da "tia") fez para mim quando fez seus 6 anos: "Tia, você tem namorado?" "Tinha tem bala?" "Tia, me pega no colo?" e eu saindo mais uma vez na chuva só para buscar meia-dúzia de balas. 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Infância.

Pendurada na sacada do prédio onde resido, fiquei a olhar o movimento da rua, cinzenta e escura.
É tão sem cor, tão sem vida, aquela minha rua tão vazia.
As pessoas já não falam “Bom dia” com um sorriso nos lábios.
Já não descansam no parque para tomar um ar, olhar a paisagem.
Elas não tem mais tempo.
Até mesmo as crianças já não brincam de esconder, na minha rua vazia.
Só de pensar que nessa mesma rua, passei momentos inesquecíveis, com minha boneca debaixo do braço.
Tinha cor, tinha passarinhos cantando em volta.
Os namoros infantis, eram inocentes, eram intensos, mas não passava de um selinho ou mãos dadas.
As pessoas conversavam todos os dias, no meio-fio da outra calçada.
Eu tinha minha turma, tinha minhas reuniões da turminha da rua debaixo, tinha as brincadeiras.
Eram engraçadas, mas pensando bem, poderíamos levar uma surra por fazê-las.
Tinha os apelidos...
E que apelidos, um mais criativo que o outro.
Que saudade do meu tempo, que não é tanto tempo assim.
Mas era o tempo em que ainda se podia brincar no meio da rua.
Hoje o que vejo nada mais é, do que uma rua vazia...


* Por: Juliana Gonçalves. (Plágio é crime)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ser criança.

Ser criança é gostar de doces.
Ser criança é ter algo para acreditar.
Ser criança é aceitar que o ridículo da vida, é belo.
Ser criança é gostar de historias.
Ser criança é ter alguém pra brincar, morder, brigar.
Ser criança é ver magia no amor.
Ser criança é dar importância a um sorriso.
Ser criança, mesmo que a vida lhe force a deixar de ser criança.
Ser criança é sonhar.
E convenhamos para isso tudo idade não conta, o que conta é a esperança do lado criança.



*ser criança, por Juliana Gonçalves.